quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Novos desafios

Não só do físico depende um atleta para que obtenha bons resultados em seu esporte, especialmente quando se trata de esportes de combate. Por isso tenho buscado preparar minha mente e espírito para os desafios que vem pela frente. Ontem, seguindo sugestão do Sensei Mário, li um excelente artigo de psicologia sobre a preparação da mente nos esportes de combate (click e confira o artigo). Tenho buscado uma preparação mental para o que deve ser meu maior desafio em 19 anos de karatê: entrar na quadra para competir em kumite, no Campeonato Brasileiro. Aqueles que acompanham minha caminhada dentro do karatê sabem que nunca fui dos mais chegados em kumite, sempre treinei muito mais as técnicas de kihon e kata, e foquei minha preparação para competições no kata. Porém nessa volta ao dojo, depois de 3 anos parado, decidi que era hora de mudar algumas coisas, dentre elas o meu foco, que deveria ser mais abrangente e não ficar restrito aos treinos de kihon e kata. Chegou a hora de crescer e começar a enfrentar algo de que sempre fugi. Sempre acreditei que a pessoa deve buscar fazer o que mais lhe agrada, e assim foi comigo até o presente momento, fazendo sempre kata e deixando o kumite de lado, porém chega-se a um ponto na vida onde precisamos quebrar barreiras, enfrentar novos desafios e buscar novas experiências. Foi por isso que resolvi encarar esse novo desafio, e começar uma nova fase dentro do karatê. Não apenas para competir, mas na minha rotina diária de treinos. Para isso preciso quebrar barreiras que eu mesmo me impus durante esses 19 anos. Se sempre fui o mais baixo das minhas categorias, porque não aprender a usar isso a meu favor? Se não era tão rápido quanto os outros, é necessário achar uma forma de superar essa diferença. Se o braço do adversário é mais cumprido, não significa que eu não possa entrar dentro da guarda e efetuar meu golpe. É com a vontade de ser um karateca melhor, com a mudança de pensamento e um pequeno empurrão do pessoal que decidi aceitar o desafio de fazer kumite no Brasileiro, e, antes disso, na Copa Kiokay. Uso agora uma frase muito batida, mas real: o meu maior adversário sou eu mesmo. A partir do momento que consigo dominar meu corpo e minha mente, sei que as dificuldades caem a menos da metade. Controlando a ansiedade que cresce em mim conforme o campeonato se aproxima, sei que terei condições de chegar tranqüilo no campeonato e, independente de vencer ou ganhar, pelo menos terei consciência de ter feito o meu melhor.


Oss!

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